Tuesday, July 17, 2007

E as saudades...

Tô com saudade! Saudade de Perpi, de Luana e de Denise, de almoçar no RestoU, de ter que mudar de língua pra pedir informação na rua. Li o blog da Dê hoje e vi os depoimentos dela da minha partida... fiquei triste de saudade. Lembro delas, minhas "melhores-amigas-de-todos-os- tempos-da-última-semana" toda hora, pra contar um caso, pra saber umas fofocas, pra bater um papo, pra passear...

Aqui em BH, tirando o meu desespero por não conseguir resolver o tema da minha dissertação, estou matando as saudades de tudo e de todos calmamente... mas a verdade é que ela nunca morre. A saudade, ela existe em mim sempre, agora que não tenho casa fixa: ela é ao mesmo tempo daqui e de lá (dos "lás"). Enquanto estou aqui, penso no Lá e penso no Aqui, quando eu o deixar... a única coisa realmente ruim de viajar é ter que deixar um dos lados pra trás. Não consigo parar de pensar na música "Encontros e Despedidas", que a Maria Rita canta no primeiro CD dela, tão mineira essa música!

"Mande notícias do mundo de lá",
diz quem fica.
Me dê um abraço
venha me apertar
Tô chegando!

É
assim mesmo, uma lacuna, um gap eterno se abre na alma quando a gente viaja. Dois lados, chegar e partir, duas cidades, dois grupos de pessoas, dois tipos de amor diferentes, duas vidas...

E assim, chegar e partir
são só dois lados
da mesma viagem
O trem que chega
é o mesmo trem da partida
A hora do encontro
é também despedida
A plataforma dessa estação
é a vida


Meninas, saudades de vocês! Perpi, tu me manques! Brasil, tô aqui! E só pra acabar, vou roubar a citação lá do blog da Dê:

"... Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de historias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas proprias arvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o proprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveriamos ser alunos, e simplesmente ir ver". (Mar sem fim - Amyr Klink)

1 comment:

Denise said...

ahhhhhhhhhhh... saudade boa! Néao podemos deixar passar tua nova temporada européia! é compromisso nos encontrarmos. Adorei teu cabelo novo!
bjssssssssss